Psicologia escolar contribui para ambiente de ensino saudável

Psicólogos com especialização na área podem atuar em instituições de ensino e garantir o bem-estar dos estudantes.

Estima-se que, no Brasil, haja mais de 538 mil psicólogos, segundo dados do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Após concluírem a graduação no curso de psicologia, os profissionais podem realizar uma especialização para direcionarem a carreira para uma determinada área, como hospitalar, organizacional, esportiva e educacional.

Nas instituições de ensino, o psicólogo desempenha um papel importante para o bem-estar da comunidade acadêmica. De acordo com informações da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), esse campo de atuação tem o propósito de entender como os indivíduos aprendem e quais são as melhores maneiras de criar um bom ambiente para a aprendizagem. 

A presença de psicólogos em escolas é algo assegurado pela legislação. A Lei nº 13.935/2019 determina que o Poder Público garanta o atendimento psicológico e socioassistencial aos alunos da educação básica.

A psicologia escolar ou educacional é um ramo que foca nos ambientes de aprendizagem. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipnose (SBH), a área reconhece que o ensino vai além da sala de aula, envolvendo o bem-estar emocional, social e comportamental dos alunos. 

Ao abordar esses tópicos, os psicólogos ajudam os estudantes a superarem possíveis obstáculos de aprendizagem e a desenvolverem habilidades para a vida. 

Profissionais garantem suporte para comunidade acadêmica

Conforme aponta a CFP, os psicólogos escolares não atuam apenas no apoio apenas dos alunos, mas também dos professores, da equipe escolar e dos pais. De acordo com a Secretaria do Estado de Educação do Mato Grosso do Sul (SED-MS), os profissionais trazem olhares e concepções científicas e metodológicas que contribuem para a consistência acadêmica, a formação cultural que preza o desenvolvimento humano e o maior aproveitamento das potencialidades dos estudantes. 

Dessa forma, eles podem assumir diferentes atribuições. A avaliação psicológica é a mais conhecida pelo senso comum, mas os profissionais também atuam na identificação de dificuldades de aprendizagem e problemas emocionais ou sociais que possam afetar o desempenho dos estudantes. 

A SBH destaca, ainda, que eles podem realizar intervenções e terapias individualizadas, considerando as necessidades de cada aluno. Em episódios de ansiedade, depressão e problemas de adaptação, eles são fundamentais para prestar suporte para a criança ou o adolescente. 

A atuação de um psicólogo escolar também pode trazer impactos positivos para a instituição de ensino. De acordo com o CFP, o profissional pode criar programas e iniciativas de conscientização para promover o bem-estar social e emocional de toda a escola.

O que é preciso para ser um psicólogo escolar?

Quem se interessa por psicologia e pensa em ingressar na área já deve ter feito um teste de habilidades profissionais para entender a compatibilidade com a carreira. O perfil das pessoas que iniciam na profissão requer competências como boa comunicação, imparcialidade, empatia, facilidade para resolução de conflitos, escuta ativa e confidencialidade, conforme informa o Instituto de Psicologia Aplicada (Inpa).

Para trabalhar na área é importante ter formação acadêmica em um curso superior de psicologia de uma instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação. Segundo  o Inpa, além da graduação, o profissional deve estar devidamente registrado no Conselho Regional de Psicologia (CRP) de sua cidade ou estado. 

A atuação como psicólogo escolar ou educacional exige, ainda, uma pós-graduação na área. Os profissionais têm o salário médio de R$3.290, segundo o portal Vagas. 

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